O presidente da Nigéria, Umaru Yar’Adua (foto), pediu uma investigação sobre a violência desencadeada na primeira semana de agosto, no norte do país africano, pela seita islâmica fundamentalista Boko Haram. Segundo dados oficiais, 780 pessoas morreram, entre elas o responsável pelo grupo. Segundo o presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN), Yuguda Zubagai Ndurvuwa, pelo menos 150 cristãos foram sequestrados por membros do Boko Haram e o paradeiro deles permanece desconhecido.
O ataque do grupo teve início em 28 de julho passado no Estado de Bauchi, mas se estendeu rapidamente a outros cinco estados do norte da Nigéria. De acordo com a Associação Cristã da Nigéria (CAN), um sacerdote católico e três pastores protestantes foram assassinados no Estado de Borno, e 20 igrejas e templos foram incendiados. “Em cada crise religiosa no norte, os cristãos são sempre as vítimas”, afirmou Ndurvura.
Mais de 10.000 pessoas morreram na Nigéria em confrontos entre grupos muçulmanos e cristãos e policiais desde 1999, quando foi implantada a sharia (lei islâmica) em 12 estados do norte do país.
Muhammed Yusuf, de 39 anos, líder do Boko Haram, foi detido por tropas do Exército na quinta-feira passada e entregue à Polícia. Ele faleceu depois da prisão, em circunstâncias desconhecidas. (CM)
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