A comunidade cristã que mora em Borno, cidade situada no norte da Nigéria, ainda está contabilizando suas perdas depois do conflito provocado pelo grupo islâmico extremista conhecido como Boko Haram, que atacou bases do governo e policiais, deixou mortos e propriedades destruídas pelo caminho. Já foram confirmados os assassinatos de 12 cristãos, incluindo três pastores. O ataque foi motivado pela sharia (lei islâmica), em vigor em 12 estados, mas o grupo luta para aplicá-la em todo o território nigeriano. Muitos cristãos sequestrados foram mortos por não renunciarem sua fé.
Samuel Salifu, secretário nacional da Associação Cristã da Nigeria, disse que a entidade ainda está calculando os prejuízos causados pelos ataques, mas confirmou a morte dos cristãos e a destruição de alguns templos incendiados. Cerca de 20 igrejas foram destruídas antes que a polícia capturasse e matasse o líder do grupo, Mohammed Yusuf. A polícia disse que ele foi morto “enquanto tentava fugir”, mas uma junta do governo federal está investigando alegações de que os agentes de segurança o executaram depois de prendê-lo vivo em seu esconderijo.
O diretor da entidade cristã em Borno, pastor Yuguda Zubabai Ndurvuwa, disse que muitos cristãos sequestrados pelos extremistas ainda não foram encontrados. Ele observou que a comunidade cristã normalmente é muito afetada nos estados do norte. A violência teve início em 26 de julho, quando grupos armados atacaram uma delegacia em Bauchi, o que se estendeu para os estados de Borno, Kano e Yobe.
Entre os mortos em Borno, estavam os pastores Sabo Yakubu, Sylvester Akpan e George Orji, de igrejas evangélicas da região.
A Nigéria tem quase o mesmo número de cristãos e muçulmanos, sendo que no norte a maioria é muçulmana e no sul, cristã. O norte do país tem um longo histórico de crises religiosas, com graves consequências para os cristãos.(CM)
0 comentários:
Postar um comentário