EM BUSCA DE UM ÍDOLO - RODRIGO FARO




Por Ivonete Soares
redacao@folhauniversal.com.br


Ele começou a carreira ainda criança, aos 9 anos, quando foi convidado para uma campanha publicitária. E não parou mais. Carismático, o paulistano Rodrigo Faro, aos 35 anos, é considerado um artista completo. E não é para menos. O currículo dele acumula espetáculos teatrais, 11 novelas e participação de 1 ano no grupo musical Dominó, entre outros trabalhos. Atualmente, apresenta dois programas de grande audiência na “Rede Record”: “O Melhor do Brasil”, que vai ao ar nas tardes de sábado e, desde o último dia 18, a segunda temporada de “Ídolos”, reality show de novos talentos, nas noites de terça e quarta. Casado com a modelo Vera Viel e pai de duas meninas, Maria e Clara, de 1 e 4 anos, ele se diz realizado. “Estou vivendo o melhor momento da minha vida”, enfatiza.

1 – Como foi o início da
sua carreira?
Comecei em 1982, ainda criança, meio que na brincadeira. Em princípio, fazendo propagandas. Minha mãe me levava aos ensaios e eu acabei decidindo seguir a carreira artística. Mas, lembro-me de que ela só me deixou prosseguir com uma condição: que fosse bem nos estudos e que não tirasse notas vermelhas. A partir dali, as oportunidades e os trabalhos foram surgindo – novelas e espetáculos teatrais – e eu não parei mais.

2 – E sua passagem pelo grupo Dominó, sucesso juvenil nos anos 80 e 90, como aconteceu?
Eu já tinha cantado em musicais no teatro, mas a profissionalização se deu mesmo com a minha entrada no grupo, na década de 90, substituindo o Afonso Nigro. Fiquei 1 ano. Foi ótimo. Um período muito bacana, que considero um laboratório para a minha carreira como cantor. Viajei pelo Brasil inteiro e aprendi muita coisa boa.

3 – Como é apresentar dois grandes programas da “Record”: “O Melhor do Brasil” e “Ídolos”?
Inicialmente, fui convidado para apresentar “Ídolos”, no ano passado, mas, com o desligamento do Márcio (Garcia) do “O Melhor do Brasil”, me chamaram para substituí-lo. Na verdade, foi um voto de confiança que a direção da emissora depositou em mim e eu agarrei com todas as forças. Assumi essa responsabilidade, dando o melhor para que o programa crescesse ainda mais. E foi o que aconteceu. Hoje, graças a Deus, é um sucesso, com quadros divertidos e para toda a família. Com o “Ídolos”, não foi diferente. É maravilhoso conduzir os dois programas.

4 – O reality show “Ídolos” põe à prova o talento das pessoas, mexe com o sentimento e os sonhos delas. Como lida com isso?

Esse programa é pura emoção. Fala de sonhos, música. É um reality show e, como tal, precisa também de um apresentador verdadeiro, que mostre o que está acontecendo de fato, e essa tem sido a minha postura. Eu vibro com a alegria dos candidatos e, quando se frustram, para mim também é uma frustração enorme. Sempre acabo me envolvendo, não tem jeito.

5 – E quais são os seus ídolos?
No esporte, Ayrton Senna sempre foi e será. Na música, gosto muito de Djavan e Stevie Wonder. Nas artes, eu admirava Paulo Autran. Curto demais também Arlete Salles, Laura Cardoso e o apresentador Augusto Liberato, o Gugu, que, na minha opinião, é o melhor da tevê brasileira. Agora, terei a honra de dividir o final de semana com ele.

6 – Prestes a completar 36 anos, você se diz plenamente realizado, na melhor fase da vida. Por quê?
Estou na melhor fase profissional e pessoal, com uma família abençoada, duas filhas maravilhosas e uma carreira caminhando de vento em popa. Por isso, eu não tenho coragem de pedir mais nada. Só agradecer e, claro, trabalhar intensamente para que essa fase perdure.

7 – Depois de se consagrar como ator e fazer inúmeras novelas, você não tem atuado como antes. Não sente falta?
Sinceramente, não. Estou muito realizado apresentando os programas. É claro que, eventualmente, faço uma participação ou outra, como aconteceu em “Chamas da Vida” e, recentemente, na estreia de “Bela, a Feia” (ambas da “Record”), mas voltar a atuar, acho que não. O meu foco, daqui para frente, é seguir apresentando.

8 – Como é o Rodrigo fora
dos holofotes?
Um verdadeiro aprendiz. Alguém que vive com o pensamento positivo. Sou movido pelo amor: à vida, à profissão, à família e, sobretudo, a Deus. Um pai e um marido presente, que vive intensamente isso, sempre bem-humorado e, como todo ser humano, com alguns defeitos, porém, sempre tentando corrigi-los para viver melhor.

9 – Qual a importância da família para você?
No meio artístico, a família está meio em desuso, o que é uma grande infelicidade. Mas eu posso dizer que existem, sim, relacionamentos sólidos e felizes, e não falo de forma forçada. Falo do que vivo, pois minha família é meu maior tesouro. Não há nada mais bacana do que, após um dia de trabalho, chegar em casa e encontrá-la ali, me esperando. É maravilhoso.

10 – Do que você tem medo?
Não tenho medo de nada. Sempre antes de sair de casa faço uma oração e essa é a minha grande proteção. Quando você tem essa fé e está sempre de bem com a vida, automaticamente, só atrai coisas boas. Eu provo isso na prática, com a minha vida.

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