Cristãos ameaçados de morte


laos-waterfall1As autoridades do Laos – país asiático limitado ao norte pela China – prenderam Thao Oun, líder na província de Savannakhet, por abraçar o cristianismo e ameaçaram expulsá-lo da comunidade, caso não renuncie sua fé e até matá-lo, caso a notícia da sua prisão se tornasse pública. O caso foi divulgado por uma organização que luta pelos direitos humanos e pela liberdade religiosa no Laos, país comunista que tem 1,5% de cristãos e 67% de budistas, sendo o restante não especificado.
Funcionários do governo do vilarejo de Liansai, sub-distrito de Saybouthong e distrito de Sapangthong, prenderam Thao Oun, um ancião da igreja de Boukham, no dia 3 de setembro, em sua casa, e o levaram sob a mira de uma arma até o gabinete do sub-distrito. Eles o entregaram ao chefe de polícia de Saybouthong, Thao Somphet, que deteve, interrogou e aterrorizou o cristão por aproximadamente seis horas.

Thao foi acusado de tentar destruir o governo da nação asiática por abraçar o cristianismo, considerado pelos funcionários do governo como uma “religião estrangeira que deve ser abominada”.
O chefe de polícia exigiu que Thao renunciasse imediatamente ao cristianismo ou seria expulso do vilarejo. Além disso, ele o ameaçou dizendo que, se qualquer palavra sobre sua detenção e interrogatório chegasse à comunidade internacional, ele seria morto, de acordo com a organização cristã. A entidade cristã decidiu publicar os maus-tratos que Thao vem sofrendo, alegando que a exposição internacional é a forma mais eficaz de evitar que o governo do Laos leve a cabo suas ameaças.
O chefe de polícia também disse a Thao que seu tratamento duro terminaria “somente após a morte de todos os cristãos da igreja de Boukham”.
Os funcionários do governo do vilarejo de Liansai, juntamente com policiais do sub-distrito de Saybouthong, prenderam Thao Aom, que se converteu há dez meses, no dia 5 de setembro. Ele também foi interrogado e intimidado pelas autoridades que lhe disseram: “Você tem crido em uma religião estrangeira e deve assinar um depoimento renunciando o cristianismo. Se não negar, deve deixar o vilarejo.”
Thao Aom se recusou a assinar o depoimento renunciando sua fé. Ele foi expulso do vilarejo e buscou refúgio em outro, a seis quilômetros de distância, aonde já morara anteriormente. Logo depois, autoridades policiais do distrito de Palan se juntaram aos funcionários do sub-distrito de Saybouthong, para cercar o prédio da igreja de Boukham, impedindo os membros de entrarem para o culto da manhã de domingo.
Para punir os membros da igreja por seguirem a Jesus, os funcionários do governo proibiram dez de suas crianças de frequentarem a escola e cortaram o acesso à água nos poços do vilarejo. Eles também privaram todos os cristãos da região de proteção e direitos, e ameaçaram negar serviços públicos de saúde para os cristãos doentes ou feridos. (CM)
Agência Unipress Internacional

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