O climá causará impacto até nos países ricos, onde as pessoas vão ingerir 250 calorias a menos por dia.
O efeito adverso da mudança climática na produção de alimentos causará fome em 25 milhões de crianças em 2050, se não forem tomadas medidas para evitar, advertiu nesta quarta-feira (30) o Instituto Internacional de Política Alimentaria (IFPRI, sigla em inglês) em uma conferência em Bangcoc.
“Este drama pode ser evitado com um investimento de US$ 9 bilhões anuais para aumentar a produtividade agrícola e ajudar produtores a enfrentar os efeitos do aquecimento global”, afirmou em comunicado o investigador Gerald Nelson, um dos autores do relatório do IFPRI. E acrescentou: “Melhores estradas, sistemas de irrigação, acesso a água potável e escolarização para crianças são essenciais.”
Menos calorias
O estudo concluiu que os habitantes dos países em desenvolvimento terão acesso a 2.410 calorias diárias em 2050, 286 calorias menos que em 2000; na África será de 392 menos; e nos países industrializados de 250 menos. Os líderes do G20 acordaram na semana passada em Pittsburg (EUA) doar US$ 2 bilhões para combater a fome, enquanto a ONU anunciou uma cúpula sobre o problema em novembro.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pressionou o Banco Mundial e outras instituições multilaterais para que aumentem suas contribuições ao mundo subdesenvolvido, em um momento em que “ainda mais pessoas não têm acesso a alimentos porque os preços são incrivelmente altos por causa da crise econômica ou da falta de chuvas”.
Nelson opinou que a crise alimentícia do ano passado, quando as informações de escassez de alimentos básicos suscitaram protestos em numerosos países pobres e emergentes, foi uma chamada de atenção. “A população da Terra será 50% maior que a atual em 2050 (…) os desafios serão enormes até sem mudança climática”, acrescentou o investigador. (JO)
“Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares” MT 24:7
Fonte: EFE
Agência Unipress Internacional
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