Extremistas matam líder cristão


Um líder da milícia islâmica extremista al Shabaab, em Juba Baixa, na Somália, identificado apenas como Sheik Arbow matou a tiros Mariam Muhina Hussein, de 46 anos, na vila Marerey, depois de descobrir que a mulher possuía seis Bíblias. Marerey está localizada a oito quilômetros de distância de Jilib, na região central de Juba. Fontes locais disseram que no dia 27 de setembro, Arbow mandara sua esposa a casa de Mariam, uma somali bantu, para confirmar se a mulher possuía Bíblias. Fingindo interesse no cristianismo, a esposa do líder confirmou que Mariam possuía bíblias.

As fontes contaram que Mariam rapidamente se prontificou a conversar sobre cristianismo com a esposa do líder e leu algumas passagens bíblicas para ela. Entretanto, quando a mulher pediu uma Bíblia, Mariam se retraiu.

“Mariam disse à mulher que poderia ser perigoso para ela e que preferia que ela a visitasse para que conversassem sobre a Bíblia”, contou uma fonte. “A mulher então foi embora e prometeu voltar.”

No dia seguinte, Arbow foi até a casa de Mariam e disse, de maneira amigável, que gostaria de verificar algo na Bíblia. A mulher só sabia que Arbow era da mesma etnia que a sua e que havia conhecido sua esposa na noite anterior. Então, inocentemente, deu uma Bíblia ao homem, contaram as fontes.

“Logo depois, Arbow disse que sua missão era encontrar cristãos que maculavam o Islã”, contou uma fonte. “Depois disso, ela se calou. Arbow mandou que Mariam entregasse as outras Bíblias e assim ela o fez.”

Depois que a mulher as entregou, as fontes dizem que Arvow atirou três vezes em Mariam, que morreu na hora.

As Bíblias eram publicadas no idioma swadhili; além desta lingua franca da África Ocidental, os bantus de Baixa Juba também falam kiswahili. O crime aconteceu semanas depois de militantes rebeldes terem matado outro líder do movimento cristão somali por distribuírem Bíblias. Radicais da Al Shabaad mataram a tiros Omar Khalafe, de 69 anos, no dia 15 de setembro em um posto de controle a 10 quilômetros de Merca, revelou à Compass uma fonte cristã.

Acredita-se que a Al Shabaab possui ligações com terroristas da al Qaeda. A mílicia controla a maior parte do sul da Somália e outras áreas da nação. Além de tentar depor o presidente Sheik Sharif e o governo transitório federal de Sheik Ahmed em Mogadishu, os militantes também querem impor a sharia (a lei islâmica).

Fontes revelaram que em agosto extremistas da milícia Al Shabaad mataram um homem a tiro na fronteira da Somália com o Quênia quando procuravam evidências de que ele teria se convertido ao cristianismo. Os extremistas mataram Ahmed Matan, de 41 anos, em Bulahawa, na Somália, no dia 18 de agosto.

No dia 20 de julho, em Mahadday Weyne, a 100 quilômetros ao norte de Mogadishu, capital da Somália, extremistas da Al Shabaad mataram Mohammed Sheik Abdiramam, outro cristão que se convertera do islamismo, contou à Compass uma testemunha ocular. Segundo informações, os extremistas também teriam decapitado sete cristãos no dia 10 de julho. Uma reportagem da Reuters declara que eles foram mortos em Baidoa por serem cristãos e “espiões”.

No dia 21 de fevereiro, extremistas degolaram dois rapazes na Somália porque seu pai, cristão, se negou a dizer informações sobre um líder da igreja. Segundo Musa Mohammed Yusuf, o pai, de 55 anos estava vivendo em um campo de refugiados no Quênia quando falou com a Compass.(CM)

Agência Unipress Internacional

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