Asma não tem cura, mas pode ser controlada A doença atinge cerca de 20% dos brasileiros

Por Marcelo Cypriano

Se você sofre de ocorrência repetida de tosse, aperto no peito, chiado e falta de ar, principalmente à noite ou quando pratica exercícios físicos ou faz algum esforço, cuidado. Pode ser asma, uma doença incurável, mas facilmente controlada com o acompanhamento de um médico.

Muitos mitos fazem com que o problema não seja muito compreendido pela população. Algumas pessoas chegam até mesmo a morrer por não dar a devida atenção à doença, ou por interromper o tratamento achando que estão curadas.

Como descobrir

Nos casos de suspeita de asma, a pessoa deve ser submetida a uma prova de função pulmonar chamada espirometria – assoprar em um aparelho que mede fluxo e volume pulmonar. A médica Iara Fiks, pneumologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e autora dos livros "Asma – Superando Mitos e Medos" e "Asma e Esportes" e "DP... o quê?", alerta para um erro infelizmente muito comum dos pacientes: "Muitos param o tratamento, pois acham que estão curados só porque os sintomas desapareceram ou diminuíram. Quem tem asma é e sempre será asmático. Precisa do tratamento todos os dias de sua vida, sem exceção."

Iara destaca que há remédios de muitos tipos e preços, encontrados facilmente em farmácias, e que o médico indicará conforme o paciente. "Nem sempre o medicamento da bombinha que ajuda um asmático na falta de ar vai servir a outro. Veja com o seu médico qual é o mais apropriado ao seu caso."

Infelizmente, muita gente não aceita que tem a doença. "A vida social da pessoa pode ser muito prejudicada se ela não se tratar. Um asmático pode ter uma vida normal se tomar os remédios e ter certos cuidados, como manter a casa e o local de trabalho livres de poeira e não fumar", explica a especialista, acrescentando que fatores como o aumento da poluição do ar, falta de informação e ausência de tratamento fizeram com que os casos de asma aumentassem muito nos últimos 50 anos. Em lugares como o Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, cerca de 30% dos habitantes têm asma. No Brasil, a taxa é de 20% da população, com cerca de 350 mil internações por ano.

A asma gera muitas faltas na escola e no trabalho, atrapalhando a vida do paciente. "Mas se ele segue direito a orientação médica, é capaz de trabalhar e estudar normalmente", diz a médica. Prova disso é que alguns pacientes de Iara são atletas que já representaram o Brasil em jogos internacionais, como as Olimpíadas e os Panamericanos.

Tipos

A asma se apresenta de formas diferentes de pessoa para pessoa, e às vezes até de modos distintos na mesma pessoa, pois, no mesmo paciente, pode ser mais ou menos controlada em certos períodos. Com o tratamento correto, o asmático permanece bem pelo maior período possível. A pneumologista ensina que a asma divide-se em:

  • Intermitente - Paciente sem complicações respiratórias, que realiza todas as atividades físicas que quer. Não usa medicamentos broncodilatadores com muita frequência e não tem sono interrompido por falta de ar ou respiração difícil.
  • Persistente leve - A asma interfere nas atividades do cotidiano, esportes e sono. O paciente deve iniciar o tratamento para a prevenção de crises.
  • Persistente moderada – Atividades diárias restritas, impedimento da prática de alguns esportes e sono com interrupções. Deve ser rapidamente tratada para melhoria da qualidade de vida.
  • Persistente grave – Risco à vida. Tratamento rigoroso, com acompanhamento constante do médico. (leia mais)


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