segurança do Estado para impedir que jornalistas e outras pessoas circulem
pela região. Segundo agências internacionais, há transportes blindados e
dezenas de caminhões militares estacionados na estrada principal.
"Queremos que vocês saiam daqui; é preciso permissão especial para vir a
esta cidade", disse o general Mahmoud Gohar, o comandante das forças de
segurança da região, batendo palmas rispidamente e ordenando aos jornalistas
que saíssem da cidade sem demora.
O fato é reflexo de um dos piores momentos de intolerância religiosa por que
o Egito está passando. Há menos de um mês, um atirador muçulmano matou sete
e feriu 10 cristãos que saíam de uma igreja. Nos dias posteriores, houve
tumultos e confrontos. Lojas foram saqueadas, casas foram queimadas.
O governo respondeu com envio de tropas e proibindo a imprensa de divulgar
os fatos. Alegou ainda que os ataques que ocorreram foram isolados e
motivados pela acusação de um estupro de um jovem cristão contra uma garota
muçulmana. Entretanto, antes da suposta violência, já havia denúncias de
atentados contra cristãos.
Segundo os jornais locais, já foram detidos 14 muçulmanos e 28 cristãos, e
foram incendiadas lojas cristãs e casas muçulmanas.
A informação que se tem da própria sociedade é que a convivência entre as
religiões era pacífica há pouco tempo. "As organizações do governo não
deveriam informar que um jovem cristão estuprou uma muçulmana, mas sim que
um homem estuprou uma mulher. A religião no Egito já não é mais o que era.
No passado, era um elemento de unificação", lamentou uma assistente social
que dirige uma organização feminina na cidade. (GJ)
Agencia Unipress internacional
Com agências internacionais
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